quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cachorros parte 1

- Não há no mundo melhor tratamento psiquiátrico do que um cachorro lambendo seu o rosto. (Ben Williams)

- A razão de eu amar tanto o meu cachorro é porque quando chego em casa ele é o único no mundo que me trata como seu fosse 'Os Beatles'. (Bill Maher)

- A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.
(Charles Darwin)

Cachorros - parte 1

Sempre tive cachorro, o primeiro foi o Lobinho, um pastor belga que meu pai me deu quando eu tinha 4 anos. Ele começou a crescer demais, e como eu era muito pequena, ainda não ajudava a cuidar, então eles resolveram doar para um amigo. Logo em seguida ganhei a Menina, aos 5 anos, a Menina nasceu no mesmo dia do meu aniversário, 20/10. No meu aniversário de 6 anos no bolo tinha escrito: “Parabéns Camila e Menina”. Seis velinhas pra mim e uma pra ela. Todos os anos cantávamos parabéns pra mim e pra Menina, a família toda. Ela era uma vira lata amarela, com as patinhas brancas, pequenininha, mistura de pinscher com alguma outra coisa mais peluda. Quando meu pai me deu, me disse que ela tinha pisado numa lata de tinta, por isso tinha ficado com as pontinhas das patinhas brancas, por muito tempo acreditei piamente nessa história. A Menina era meu brinquedo preferido, virava cavalo da Barbie constantemente. Ela era muito boazinha, calminha, querida e muito obediente. Nunca deu trabalho nenhum, todos que iam em casa adoravam ela, pois era muito carinhosa. Somente as crianças que tinham que tomar cuidado pois ela adorava abocanhar o calcanhar dos pequenos... vai entender. A Menina viveu 16 anos, dos meus 6 aos 21. Minha companheira, quando eu estava triste, parecia que ela entendia e se colocava do meu lado como quem diz: “Olha eu to aqui se precisar, beleza?!”. Ela teve 3 crias, todas muito fofas, me lembro de sempre querer ficar com todos, mas obviamente meus pais não deixavam. A Menina morreu de velhice, começou a ficar cega, não se alimentava direito nem conseguia mais beber água sozinha. Foi muito triste ver o fim dela chegando, aquela coisa pequena, já uma vovozinha se definhando a cada dia. Até que quando fui prestar as provas para uma pós na USP em 2003, depois que terminei os testes liguei pra casa e minha mãe me disse que tinha chamado uma veterinária em casa para ver nossa cachorrinha e ela disse que ela já não estava mais com reflexos e as patinhas estavam já roxas sem circulação. O mais digno a se fazer naquela hora era sacrificá-la para que ela não sofresse mais. E assim foi feito, a própria veterinária se encarregaria de enterrá-la. Vai saber onde e como.... Até hoje me culpo por não ter enterrado a minha parceira... Muito choro..... Ainda antes da Menina morrer tivemos a Mel, uma pinscher maiorzinha, preta e marrom, doida, mas muito doida. Ela estragava tudo em casa e foi bem difícil tê-la junto da Menina que já era velhinha. Acabamos dando a Mel para a Célia que até hoje trabalha na casa dos meus pais. Depois que a Menina morreu, já em Maio adotamos a Meg – Meg Ryan – filha da Mel. Uma coisinha preta e peluda, fofa demais. A Meg sempre foi muito carinhosa. Cresceu, e como é vira-lata, ficou com os pelos meio brancos, pretos e cinzas, de tamanhos irregulares, só com tosa mesmo pra organizar...rs. Logo no ano seguinte me mudei pra Floripa e lá não tive cachorro. Sempre sentia muita falta de chegar em casa e ver aquelas coisas deliciosas pulando nas pernas da gente querendo carinho e fazendo festa. Foram 6 anos sem cachorro em casa, aliás, apartamento. Sempre que ia pra Londrina a Meg já me esperava pulando no portão quando eu ainda estava na quadra anterior. Faro? Audição? Instinto? Sexto sentido? Vai saber... Toda vez eu dizia pra minha mãe: “Olha só, como você quer que eu acredite que você está com saudades de mim, se quem me recebe com pulos e lambidas é a Meg.” hehehehe Por mais que eu ficasse 1, 2, 3 meses sem voltar pra Londrina, a Meg sempre me recebia com a mesma alegria. Muito gostoso.

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